sexta-feira, 16 de maio de 2008
Quem já teve um mestre, um orientador, uma pessoa a quem a admiração pelo profissionalismo e dedicação ao trabalho se tornasse uma motivação?
Todos nós, ou a maioria de nós, nos espelhamos nesses "ídolos", que nos alavancam e cuja motivação e desempenho nos empurram e nos encaminham para uma vida em dimensões superiores. Mitch Albom, jornalista norte-americano considerado um dos melhores dentre aqueles que trabalham na área esportiva, teve um mestre assim: MORRIE SCHWARTZ.
Morrie era daqueles que transmitia toda felicidade do mundo pela sua profissão, em suas aulas cativava os pulilos e demosntrava uma relação intensa com a sua vida e as pessoas que faziam parte dela.
“... um avô, talvez um professor ou um amigo de família. Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu, quando éramos jovens, inquietos e inseguros. Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de uma perspectiva diferente e nos ajudou com seus conselhos e seu afeto a encontrar nossos caminhos”.
Morrie, então professor há mais de 20 anos, descobriu, em 1994, que estava com uma doença fatal e degenerativa (ALS - Amyotrophic Lateral Sclerosis) que atinge o sistema neurológico. Ainda dentro do consultório medico, ele indagou si proprio: "Eu irei definhar e desaparecer ou eu farei o melhor da minha vida neste tempo que me resta?". Definitivamente, ele não fraquejou e não se sentia envergonhado por estar morrendo. Estar morrendo não é sinal de inutilidade ou de fraqueza, dizia ele. Então Morrie fez algumas ligações para amigos e parentes e decidiu fazer seu "funeral vivo", já que achava uma perda de tempo as pessoas receberem homenagens, demonstrações de amor e carinho, fazerem discursos emocionados, dedicatórias para uma pessoa que não poderia ouvir, agradecer, chorar junto, sorrir junto e dizer a essas pessoas o verdadeiro sentido do amor. A única diferençaa desse funeral é que ele não estava morto ainda. Morrie se sentiu um homem de "sorte" por poder ter tempo de despedir-se de pessoas importantes em sua vida.
Mitch Albom já havia percebido em Morrie Schwartz todas estas qualidades quando fora seu aluno, na universidade. Lembrava-se, apesar de ter passados muitos anos, de alguns importantes ensinamentos de seu velho mestre, que carinhosamente chamava de "coach" (em inglês, "treinador") - por sua vez, Morrie o chamava de "player" (em inglês, "jogador"). Consumido pela rotina e pelos inúmeros compromissos de sua agenda de jornalista esportivo conceituado, não tinha, entretanto, tempo suficiente para cumprir a promessa que fora feita há anos: a de visitar seu professor preferido. Foi por um desses acasos da vida, um desses que tantas vezes a redirecionam, viu em um programa de TV uma reportagem que mostrava o sempre alegre e disposto Morrie deitado em uma cama, adoecido, às portas de sua morte; e, ainda, apesar de todas as suas limitações, seu mestre ainda guardava toda lucidez e continuava a sorrir, recebendo em sua casa grupos de estudos, alunos, colegas, amigos e pessoas curiosas em compreender de onde aquele homem tão franzino tirava tanta força. Então, desta vez, Mitch conseguiu ter seu reencontro com seu mentor - afinal, a proximidade da morte também o convenceu sobre a necessidade de uma despedida.
"...Tome qualquer emoção: amor por uma mulher, sofrimento por um ente querido ou isso por que estou passando, medo e dor causados por uma doença mortal. Se você bloquear suas emoções, se não se permitir ir a fundo nelas, nunca conseguirá se desapegar, estará muito ocupado em ter medo. Terá medo da dor, medo do sofrimento. Terá medo da vulnerabilidade que o amor traz com ele.”
De volta aos ensinamentos de seu velho mentor, Mitch viu a oportunidade de novas lições. Todas as tercas-feiras eles se reuniam para as novas "aulas" e estas, por sua vez, tinham temas profundos. A cada terça era abordado um tema diferente: morte, medo, envelhecimento, remorso, família, sociedade, perdão, amor e emoções. Teve então a ideia de transformar os diálogos em audiovisual, com a pretenção de que aqueles ensinamentos pudessem atingir outras pessoas.
A dimensão e o impacto das palavras de Morrie foram transformadas em um livro entitulado "Tuesdays with Morrie", devido aos dias das "aulas". O livro teve uma enorme repercussão, foi traduzido em várias línguas, surgiram peças teatrais baseadas nos diálogos entre o mestre e o aluno e também encantou a sétima arte com um filme protagonizado pelo grande ator Jack Lemmon interpretando Morrie, sendo premiado pelo Oscar da TV norte-americana por sua atuação.
"Deixe o amor vir. Pensamos que não merecemos o amor; pensamos que, se nos abrirmos a ele, nos enfraquecemos. Mas um sábio chamado Levine disse a palavra certa: ‘O amor é o único ato racional'."
Apesar de tantas qualidades, as pessoas realmente sábias nao se enxergam como tal ou como melhores em relação aos demais. Sabem de suas limitações e conseguem manter a humildade.
"A última grande lição", como é entilulado o livro em português, traz mensagens e reflexões sobre o amor à vida demonstrado por Morrie.
Esta lição de vida é, antes de mais nada, um resgaste à vida; responde a uma sociedade corrompida e materialista pelo "ter para ser" ou ainda pelo "você é o que você tem", e ideias tais que fazer ser esquecidos os maiores valores, como a simplicidade de aprender a abservar os detalhes das pequenas coisas e absorver delas aprendizados que serão utilizados em vida; ou o ato de permitir-se ter consciência e escolha sem ser induzido por uma sociedade ou uma cultura; ter suas vontades realizadas; ser feliz com sua escolha e, por isso dar o melhor de si. Morrie nos deixa mais do que uma lição de vida, ele nos deixa uma reflexao: como vivemos e como podemos viver.
Não existe espaço para um "tarde demais" ou para um "já passou o tempo" na vida - tudo pode ser mudado ou vivido até o dia do último ADEUS.
10 comentários:
Muito bom Prima..
passando pra te
deixar um beijão.
tudo de bom sempre.
Deve ser um livro belo, tão belo quanto a pessoa que o leu.
Quando eu sair da pindaíba, vou procurar o livro. :-)
Beijãooooooooooo, Li!
Hoje eu não ia ligar o computador, mas aconteceu de às 21:50 em correria de véspera de prova eu querer fazer uma pausinha e cair aqui! Ta tudo diferente :P
Ótimo texto, uma lição pra qq pessoa. Eu acho que devemos dizer também o que sentimos... não entendo pq por exemplo na minha idade um amigo não pode abraçar o outro sem que alguém venha fazer algum comentário bobo. E se eu tivesse escrito isso no Batata, iria me render alguns com certeza.
É importante tentar viver com intensidade (sem esquecer-se do bom-senso).
Permanece ótima a idéia do seu blog, conte cmg!
Bjo grande!
oieee, passei por aqui!!!
bjssss
Hummmmmm parabéns pelo seu blog, lindo......., contiue sempre assim, marcante, espressiva, alegre, amiga, e acima de tudo especial, peça rara..... joia preciosa, Te adoro minha amiga, Beijoosssss.
Que Deus t ilumine sempre!!!!!
Hummmmmmmmm... que liiiiindooooooo!!
Ta muito massa... muito legal mesmo seu Blog!!
Continue assim, sendo essa pessoinha meiga, linda.. e acima de tudo, com essa sua simplicidade de carater que vc tem.
Bjãozão procê.. qq coisa.. tamos aí!
Existe um filme, que eu particularmente gosto muito chamado "O Óleo de Lorenzo - Lorenzo´s Oil", no qual uma criança de 5 anos desenvolve esta mesma disfunção. Lembro-me de ter assistido a esse filme há vários anos, e de ter ficado bastante surpreso com a atuação do garoto que vive o pequeno Lorenzo, sem contar as atuações soberbas de Nick Nolte e Susan Sarandon nas peles de seus pais, que fizeram literalmente tudo para melhorar a qualidade de vida de seu filho. É uma estória verídica, baseada nas experiências da mãe do Lorenzo real. Eu, como músico, ainda cito outro exemplo real de disfunção paralizante. Jason Becker (www.jasonbecker.com) poderia ser o maior guitarrista de seu tempo, não fosse acometido da doença de Lou Gehrig, que hoje só lhe permite mexer os olhos. Hoje, 18 anos depois do diagnóstico, ele ainda compôe.. COM OS OLHOS !! A força de vontade e vontade de viver dele é tamanha que está sempre de bom humor, e responde tudo e a todos com os olhos. Isso me faz indagar se existem seres humanos realmente melhores que os outros. Sinceramente, não sei se encontraria tal força. Ser saudável, é, de certa forma, bastante cômodo. Não sentimos a necessidade de fazer o melhor de nós. Sempre fazemos o que é melhor PRA nós.. O que me leva a seguinte pergunta: somos realmente seres "humanos" ?..
Fabiano Áquila
Oi Li!!
Acho que fiz alguma coisa errada pqe não vi meu comentário aqui...
Mas passei prá visitar seu blog e adorei o artigo sobre amigos. Não gosto de rótulos nem fórmulas, mas definições são necessárias na vida, nos orientam, esclarecem!
"...favorável; aliado"...acho que amigo reflete bem isso msmo: apoio!
Que seu blog seja seu "amigo" nesses tempos de adaptação, com momentos bons e nem tão bons assim!
Boa sorte aqui e ai!
Bjnhos
Oi Anjo Seu Blog esta lindo, Parabéns!
Vou tentar comentar algo aqui rsrs.
Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.
Depois de algum tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida,mas quem você tem na vida.
Somente o calor de uma verdadeira amizade é capaz de quebrar o gelo da indiferença e do egoísmo,Fazer os outros se sentirem melhor geralmente faz com que nós também nos sintamos melhor. Na prosperidade, os nossos amigos conhecem-nos; na adversidade, nós conhecemos os nossos amigos.
Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
Lillian Você é especial pra mim. que na minha amizade eu possa te fazer feliz! Te gosto! Beijos!!
Obs: Consegui!!!! hahaha
Kenji Kadoya
Ebaaaaaaaaaaaaaaaa...
iuuupiiiiiiiiii....
Finalmente KEN...huahauahua
Obrigadaaaaaaaa...
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